Na sequência do tema deste mês do blog Jane Austen Portugal, que é a "educação e boas maneiras", eu fico a pensar e a imaginar como seria a minha vida nessa época, já sabia cozinhar, costurar, bordar, pintar e falar frânces, coisas que nunca tive interesse em aprender e que nem gosto muito de fazer.
Como seria uma raparigada prendada já teria um jovem cavalheiro de boas famílias para se casar comigo, bastava uns simples contactos do meu pai para o casamento se realizar, o que era perfeito poupava-me uma série de trabalhos e chatices, e certamente não andava nesta onda de azar que se instalou.
Outra coisa boa era o facto de não precisava de procurar emprego, dedicava-me ao lar ou a alguma actividade realmente gostasse como tocar piano, pintar ou bordar.
Ocupava o tempo a visitar os amigos, os vizinhos, ia a bailes, a saraus e ia ao teatro frequentemente.
Agora pensem comigo era mesmo tudo tão simples, tão fácil, sem grandes problemas, só teria de me preocupar em agradar o meu marido e depois educar os meus filhos, acho que teria uma vida feliz e pacata.
Eu penso que me habituava bem a esta vida calma, mas o que mais me agrada no mundo de Jane Austen é o romantismo que existia, os homens eram uns verdadeiros cavalheiros, uns príncipes e o amor quando surgia era eterno.
Nesta época não havia desemprego, crise económica, política, políticos corruptos, Troika e relações falhadas.
6 comentários:
Boa noite, Túlipa Azul.
Encontrei hoje o teu blog, estive a dar uma vista de olhos e sinto-me tentada em comentar este post já que é o mais fresquinho: desengana-te. lol. A vida naquela altura não era nada como Jane Austen pintava. Essa vidinha pacata passada a tocar piano e a ir a bailes era só para as famílias abastadadas, já que as outras viam-se obrigadas a passar os dias a trabalhar nas varias areas do sector primario. E é certo que não havia desemprego, mas o emprego que havia não contemplava oito horas de trabalho, férias, subsidios de natal, 13º mês e muito menos reformas...
E quanto aos cavalheiros da época... No no no... A maioria dos casamentos, como tu propria disseste, eram arranjados pelos pais. E os meninos ricos que se arranjavam para as meninas nem sempre eram as beldades holiwoodescas lourinho-olho azul que nos imaginamos...
Bem, já pareço má pessoa porque vim para aqui com ideias pessimistas para o teu blog, não é? Se quiseres apaga o comment, era so para te chamar a atençao destes pormenores lol
Kissy kissy
Eu sou uma Amendoa: claro que não vou apagar o comentário, gostei muito do que disses te que é mais pura verdade.
O que eu gosto e encanta-me é a forma como Jane Austen descreve esse mundo que parece um mar de rosas:)
Não vejo as coisas de uma forma assim tão feliz em relação ao sistema do passado. Mas sem dúvida que tudo parecia bem mais fácil. Mas seria melhor?!
Talvez para uns fosse assim mas para outros era uma vida demasiado pesada para o meu gosto :b
Ah! E o facto da mulher não poder falar sobre o que lhe ia no pensamento não me agrada mesmo nada :D
Não sei se era exactamente como a Jane (que adoro) escreve.
Cheira-me que há bastante ficção nos seus livros, como que a pintar aquilo que gostaríamos que fosse, o que acontece mesmo hoje em dia.
E basta olhar para a vida de Jane. Segundo o filme "becoming Jane" a vida não lhe trouxe o romantismo como deve ser. O certo é que ele existiu mas o final não foi tão feliz como o se fazia prever.
Mas a fantasia dos seus livros é mesmo encantadora e faz-nos sonhar, sonhar :)
Olá, Tulipa Azul!
Acabei de descobrir seu blog e estou gostando muito!
Vim te convidar pra visitar e participar do meu blog "Austequila", onde falo de Jane Austen e loucuras particulares. http://austequila.blogspot.com.br/
Ficarei muito feliz com sua visita!
Até!
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